Hel:
Na
mitologia nórdica, é filha de
Loki e da gigante
Angrboda, irmã mais nova de Fenrir e da serpente de Midgard. A serpente de Midgard foi banida por
Odin para o mar que cerca a Terra, mas a fera cresceu tanto que podia se colocar à volta do mundo e tocar na própria cauda. Lobo Fenris foi preso com uma corrente feita pelos espíritos da montanha, chamada Gleipnir.
Hel foi banida por
Odin para o mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim, que fica nas profundezas de
Niflheim.
Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio
Aqueronte da mitologia grega. Lá, recebeu o poder de dominar nove mundos ou regiões, onde distribui aqueles que lhe são enviados, isto é, aqueles que morrem por velhice ou doença. Seu palácio chama-se Elvidner, sua mesa era a Fome, sua faca, a Inanição, o Atraso, seu criado, a Vagareza, sua criada, o Precipício, sua porta, a Preocupação sua cama, e os Sofrimentos formavam as paredes de seus aposentos. Hela podia ser facilmente reconhecida, uma metade de seu corpo era de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrivel em decomposição.
A personalidade de Hel difere das dos deuses do mundo inferior das demais mitologias: Ela não é boa e nem má, simplesmente justa.
Hades:
Equivalente ao
deus romano Plutão, que significa
o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o
reino que governa, nos subterrâneos da
Terra.
É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos
Saturno, na teogonia romana) e de
Reia, formava com seus cinco irmãos os
Crônidas: as mulheres
Héstia,
Deméter e
Hera, e os homens
Poseidon e
Zeus.
Ele é também conhecido por ter raptado a deusa
Perséfone (
Koré ou
Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.
Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como
Tanatos, deus da morte, ou as
Queres (
Ker) - estas últimas retratadas na
Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa
Alceste ou do astuto
Sísifo.
Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registrou
Homero.
Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão.
Osíris:
Osíris (
Ausar em
egípcio) era um deus da
mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de
Busíris, no
Baixo Egipto, Osíris foi um dos deuses mais populares do
Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.
Marido de
Ísis e pai de
Hórus, era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou
psicostasia.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de
templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da
terra e das
plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do
Egipto, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a
religião solar. Por outro lado a
mitologia engendrou uma
lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores
gregos, como
Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a
mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra
egipcia e a sua
vegetação, destruída pelo
sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do
Nilo.